Prefeita Vanda Camilo exonerou, nesta sexta-feira (5), dois servidores presos por fraudar licitações na gestão dela em Sidrolândia. Ela também determinou a rescisão dos contratos com as empresas envolvidas no esquema que movimentou R$ 15 milhões.
Conforme Diário Oficial, a gestora exonerou, a pedido, Rafael Soares Rodrigues, que era secretário interino e secretário municipal adjunto, cargos vinculados à Secretaria Municipal de Educação. A determinação tem vigor retroativo em 2 de abril.
Ainda segundo a publicação, Paulo Vitor Famea foi demitido do cargo de secretário-adjunto da Assistência Social de Sidrolândia. Também foram demitidos a diretora de Licitação e Compras, Ana Claudia Alves Flores e Marcus Vinicius Rossettini, diretor de Gestão Estratégica.
No mesmo diário, Wanda citou a Operação Tromper, que levou oito pessoas presas e fez busca e apreensão contra 28 alvos, para rescindir os compromissos da prefeitura com as empresas sob suspeita.
''Determinar ao Setor de Compras, Licitações e Contratos que proceda com as medidas cabíveis para rescisão unilateral dos contratos administrativos e cancelamento das atas de registro de preços que estejam vigentes entre o Município de Sidrolândia/MS e as empresas... '', diz o decreto.
Foram sete empresas citadas na publicação. O espaço está aberto ao citados.
Entenda o caso
A Operação Tromper, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3), investiga fraudes em contratos que somam cerca de R$ 15 milhões entre empresas e a prefeitura de Sidrolândia. Na terceira fase da investigação, foram cumpridos oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão.
A ação é realizada pelo Ministério Público, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Segundo o Ministério Público, o Gecoc ratificou "a efetiva existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais".
Também foi identificada nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.
A operação contou com o apoio operacional do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar, além da assessoria militar do Ministério Público.
'Tromper", verbo que dá nome à operação, traduz-se da língua francesa como 'enganar'.