A postura do presidente da República Jair Bolsonaro não tem agradado a todo durante essa pandemia do Coronavírus, até mesmo aliados questionaram a postura dele.
Ele chegou a dizer que o Coronavírus era ‘histeria’ propagada pela mídia e depois, mesmo com a orientação de ficar em casa, participou de manifestações públicas em seu favor e contra outros Poderes, no dia 15.
Na ocasião, mesmo estando sob recomendação de isolamento devido aos casos de contaminação na comitiva de sua viagem aos EUA, ele abraçou e tirou selfies com os manifestantes.
De acordo com a pesquisa DataFolha, consideram ruim ou péssima sua gestão da crise 33%, enquanto 26% a avaliam como regular e 5%, não sabem.
Outro dado significativo, que deverá influenciar os crescentes debates acerca da governabilidade sob Bolsonaro, é que apenas 15% dos ouvidos que votaram nele no segundo turno se dizem arrependidos.
Alguns grupos que usualmente apoiam o presidente mantêm sua aprovação no caso do vírus, como os homens (42% de ótimo e bom, ante 29% das mulheres).
Mas o presidente perde apoio significativo entre os mais ricos (renda acima de 10 salários mínimos, 51% de ruim/péssimo) e mais instruídos (com ensino superior, 46%).
Já a condução do Planalto da crise é rejeitada por 41% dos nordestinos, 34% dos moradores do Sudeste, 24% daqueles do Norte e Centro-Oeste e 23% dos sulistas.
Como se vê, o Sul segue uma fortaleza do bolsonarismo —lá, ele registra a maior aprovação de desempenho sobre o Coronavírus, 42%.
Além disso, segundo um cruzamento feito pelo Datafolha, o índice de aprovação de governadores na crise chega a recordistas 69% justamente entre aqueles que também avaliam bem o trabalho de Bolsonaro.
O Sul é a região em que os chefes estaduais estão mais bem avaliados, com 61% de ótimo e bom. A seguir vêm Norte/Centro-Oeste (56%), Sudeste (52%) e Nordeste (51%).
As atitudes mais notórias de Bolsonaro na crise foram mal avaliadas pela população, indica a pesquisa, ainda segundo a pesquisa.
Concordam com a avaliação presidencial de que há “histeria” acerca do novo coronavírus 34% dos ouvidos, enquanto a assertiva é rejeitada por 54%, ante 3% que nem concordam nem discordam e 8% que dizem não ter opinião.
Já o episódio do ato na praça dos Três Poderes, no dia 15, quando deu a mão e abraçou manifestantes, foi reprovado por 68% e aprovado por 27%, enquanto 4% não opinaram.