Sem a liderança do presidente Jair Bolsonaro, o PSL promove uma verdadeira caça às bruxas contra quem segue o chefe brasileiro país afora. Por aqui, em Mato Grosso do Sul, agora é a vez do deputado estadual Capitão Renan Contar entrar na mira dos que não acompanham Bolsonaro na tentativa de criação do Aliança pelo Brasil.
Depois que perdeu Bolsonaro, o PSL ficou dividido entre aqueles fieis aos comandos do líder máximo e aqueles que estão preocupados com os interesses do partido. Nessa toada, o PSL perdeu o deputado estadual Coronel David e, agora, tenta tomar o mandato de Capitão Contar, candidato mais votado no parlamento estadual da história do Estado.
Contar tenta deixar o PSL desde que foi preterido pelos colegas de sigla na corrida pela prefeitura de Campo Grande. Ele então ingressou com uma ação judicial para desfiliação do PSL alegando perseguição política, o que garante que ele continue atuando na Assembleia Legislativa, mas sem vínculo com o partido pelo qual foi eleito.
O PSL Nacional, representado pela presidente regional do partido, senadora Soraya Thronicke, recorreu e criou uma comissão provisória para acompanhar o processo. O partido alega que o mandato pertence ao suplente de Contar e elenca uma série de testemunhas para a defensa, inclusive Rhiad Abdulahad, sócio da senadora.
A medida é considerada uma perseguição à ala bolsonarista, já que o mesmo ocorreu com David. O coronel da PM, inclusive, ganhou na Justiça o direito de permanecer com o cargo.