Assim como Ícaro que voou muito perto do sol e caiu, Marquinhos Trad (PSD) deixou a prefeitura de Campo Grande para alcançar lugares mais altos e acabou amargando o sexto lugar nas urnas.
Em uma eleição embolada, que poucos se arriscavam a dizer quem iria ao segundo turno, ele ficou atrás até da candidata do PT, Giselle Marques, que entrou na disputa unicamente para levar as pautas da esquerda para discussão e garantir palanque ao ex-presidente Lula.
Marquinhos teve 8,67% dos votos, com 124.624 eleitores em apoio, número quase metade dos votos que recebeu em 2020, quando se reelegeu prefeito de Campo Grande.
Como renunciou à prefeitura para disputar o cargo de governador, Marquinho Trad terá que aguardar dois anos para tentar retornar à política.
Além disso, reeleito, Marquinhos não pode concorrer à Prefeitura de Campo Grande em 2024, mesmo tendo renunciado. No máximo, pode buscar vaga de vereador ou concorrer ao Senado com o próprio irmão, Nelsinho Trad.
Por enquanto, além de exercer a profissão de advogado, terá que se explicar para a polícia em investigação de assédio sexual.
O inquérito corre em segredo de Justiça, mas ele publicamente admitiu que foi infiel à esposa, se apegando apenas ao fato de que as relações extraconjugais foram com o consentimento das amantes. Se a esposa perdoou, aparentemente o eleitor não.