O recurso impetrado pelos advogados André Borges e Renê Siufi, que pede a liberdade do ex-governador André Puccinelli, do filho André Júnior e do advogado João Paulo Calves, presos na sexta-feira passada, por suposta prática de corrupção, já foi distribuído para a turma do desembargador do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Paulo Fontes.

Fontes, em duas ocasiões, concedeu medidas que beneficiaram tanto Puccinelli pai quanto o filho. Ocorre, no entanto, que Fontes está de férias e quem  vai definir a causa é o relator do processo, o desembargador federal Maurício Kato.

Em  maio do ano passado, por exemplo, a 3ª Vara Federal de Campo Grande mandou por tornozeleira no ex-governador. Logo depois, o magistrado federal mandou tirar o equipamento.

Em novembro passado, Puccinelli e Puccinelli Júnior, foram detidos, mas os dois ficaram  menos de 48 horas na prisão graças a Paulo Fontes.

A turma de Fontes ficou com o caso por meio de sistema de sorteio entre os desembargadores do TRF-3. Mas como ele está de férias, Kato assume a situação.

O caso

André está preso desde sexta-feira (20) no Centro de Triagem no Complexo Penitenciário na Capital. A defesa alega que a prisão foi ilegal, porém o Ministério Público Federal aponta que mesmo após as investigações da Lama Asfáltica serem deflagradas, o grupo teria continuado a cometer atos criminosos.

Como forma de "estratégia", a defesa apresentou o HC somente na manhã desta segunda-feira (23) para que o pedido não fosse apreciado por nenhum desembargador de plantão. Enquanto isso, a expectativa é que o ex-governador e pré-candidato ao governo seja solto ainda nesta tarde.