O empresário André Luiz dos Santos, mais conhecido como Patrola, foi considerado pela PF (Polícia Federal) como o sucessor do empreiteiro João Krampe Amorim, pivô da Operação Lama Asfáltica, em uma possível ascensão da família Trad ao poder. A informação é de 2015, no auge das consequências contra os alvos federais.
Hoje, oito anos depois, Patrola volta ao alvo de operações, desta vez a ‘Cascalhos de Areia’, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga supostas fraudes em contratos no valor de R$ 300 milhões.
As investigações datam de 2017 pra frente. E fica o questionamento, a PF acertou em afirmar que Patrola se tornaria o novo Amorim?
O HISTÓRICO
Conforme documentos obtidos à época pelo TopMídiaNews, Patrola já se relacionava com o então ‘rei’ das obras públicas em Mato Grosso do Sul, mas se referia a João Amorim de formas pejorativas como “cara do Extra” e “bandido”, entre outros nomes.
De acordo com o relatório da PF, sobre Patrola, “a maior parte de suas ligações parece refletir falcatruas e conchavos políticos. Declaradamente participa de esquemas fraudulentos, principalmente em Corumbá/MS”.
(Gaeco em batida na empresa ALS, de Patrola / foto: Silas Lima)
CASCALHOS DE AREIA
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da 31ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, deflagrou Operação “Cascalhos de Areia” que objetivou o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão na Capital, decorrentes de decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul.
A operação ocorre dentro de um Procedimento Investigatório Criminal que tramita na Justiça Estadual, e apura a atuação de possível organização criminosa estabelecida para a prática de crimes de peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, relativos a contratos para manutenção de vias não pavimentadas e locação de maquinário de veículos junto ao Município, que ultrapassam o valor de 300 milhões de reais.