André ‘Patrola’ Luís dos Santos está envolvido em mais uma denúncia, que mostra facetas cada vez mais complexas de sua vida empresarial. Alvo da operação ‘Cascalhos de Areia’, Patrola tem o nome também envolvido na mais impactante ação policial de Mato Grosso do Sul.
Além de ser apontado como o sucessor de João Amorim (leia mais aqui), Patrola pode ter atuado para esconder patrimônio de um dos mais conhecidos alvos da Lama Asfáltica: Mirched Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada. Pelo menos é o que diz o Banco Mercantil do Brasil S/A, que tenta ‘tomar’ imóvel do empreiteiro localizado no Dahma.
André Luiz dos Santos e a esposa Tatiana Duarte dos Santos entraram com ação contra o Banco Mercantil para não perder a própria casa. Isso, após outra demanda, extrajudicial da empresa contra Mirched Jafar Junior, Rossana Paroschi Jafar e a Gráfica Alvorada Ltda. no valor de R$ 316.122,76, com pedido de penhora do imóvel.
O Mercantil alega fraude na venda do imóvel de Mirched para Patrola, sendo que este diz ter agido de boa-fé. Ação do banco é de 29 de janeiro de 2016 e, em 22 de março do mesmo ano, Mirched compareceu espontaneamente aos autos da execução, tomando “ciência inequívoca da ação”, inclusive da indicação à penhora do imóvel alvo da disputa.
O banco Mercantil conseguiu a penhora, porém, dois dias após tomar conhecimento do processo, Mirched averbou a venda do imóvel para Patrola. Para a empresa, Mirched queria se livrar da dívida e das obrigações legais, a quem acusa de má-fé.
O imóvel tem um valor de mais de R$ 7 milhões. O juiz Marcel Henry Batista de Arruda julgou o caso a favor de Patrola, considerando que a negociação ocorreu antes do processo do banco, mesmo o imóvel não tendo sido transferido. Ainda determinou a extinção do processo e o pagamento de R$ 50 mil por parte do Banco Mercantil.
O caso, porém, foi paralisado neste ano após a determinação da mudança dos “os processos de execução de título extrajudicial, de embargos à execução e seus respectivos incidentes em trâmite e suspensos nas Varas Cíveis Residuais de Campo Grande-MS, serão redistribuídos para as recém-criadas Varas de Execução de Título Extrajudicial, Embargos e demais Incidentes, independentemente de despacho judicial”, conforme o último despacho do processo.