O candidato do PPS, Athayde Nery, aposta no diálogo para fazer de Campo Grande, uma Capital desenvolvida e autossustentável. Entre as propostas está criação de um parque tecnológico que pode ocupar o prédio da antiga rodoviária e mudar o entorno da região. Além disso, o candidato estuda viabilizar o botão do pânico, projeto aprovado pelo Governo Estado, mas que até hoje, nunca saiu do papel.
Segundo o ex-parlamentar, atualmente, a prefeitura de Campo Grande possui algumas salas do prédio vazias e elas poderiam ser utilizadas pelo Executivo para criar o parque tecnológico, uma vez que a iniciativa já existe em outras cidades brasileiras. "Me parece que o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) não foi pago e virou um passivo, mas é claro, que a gente vai abrir um diálogo com os proprietários e dá pra gente fazer igual fiz com a Estação Ferroviária em 1995".
O candidato a vice-prefeito de Campo Grande, Frederico Vitorio Valente, afirmou que esta seria uma maneira de recuperar um dos pontos mais tradicionais do município e que segue abandonado. Valente ainda afirmou que o local chegou até sofrer uma desvalorização imobiliária, depois que o terminal de transbordo e a rodoviária deixaram de ficar no local.
"Hoje há um acúmulo da marginalidade, antes o local era dinâmico, tinha vida. Agora hoje, nós temos um prédio em torno de 10 universidades em Campo Grande. Além disso, nós temos empresas de tecnologia que estão dispersas, daí surge essa ideia do parque tecnológico, que já existe em uma das principais cidades do país. Aqui nós podemos ter um centro de formação de conhecimento, um centro inovador", explica.
Valente ainda aponta que o prédio da antiga rodoviária abrigou dois cinemas no passado. "Com o espaço que existe lá, dá para a gente transformar em dois auditórios. Sem contar, que a região é cercada de hotéis e acredito que, nesse parque, o empresário poderá vir e investir em região que ficou depreciada. O local tem um potencial enorme, uma localização privilegiada e a gente precisa ocupar esse espaço".
Outro projeto considerando importante por Athayde Nery é o botão do pânico, que seria uma forma da auxiliar no combate à violência contra a mulher. "Nós sabemos que Campo Grande é campeã em violência contra a mulher. Mas o nosso prefeito, em Vitória, ganhou um prêmio da ONU sobre essa questão. A gente pode reunir de maneira contundente, a Guarda Municipal, a Polícia Militar e a Polícia Civil, além do sistema de assistência social. Com isso, podemos identificar os casos e disponibilizar inclusive aquele alarme de segurança quando esse agressor chegasse perto da vítima, ela aperta e em instante a polícia está no local".
Segurança Pública
Dentro da segurança pública, Athayde aposta que a prefeitura pode ser participativa dentro deste quesito, uma vez, que a responsabilidade seria exclusiva do Estado. "Esse negócio de falar que a prefeitura não tem nada a ver com segurança pública está errado. O que falta é articular com o Estado e construir um diálogo com a permanência e prevenção. Nós temos que usar a tecnologia elevada e incorporá-la. Hoje a opção é muro alto e com cerca elétrica. Para mim, a segurança está atrelada a outro setor, como o da infraestrutura para que a gente possa banir a bandidagem e o combater o crime".
Athayde estuda transformar a Secretaria Municipal de Segurança Pública em Secretaria de Defesa Social. O objetivo seria deixar a pasta voltada mais para o cidadão e atrelar projetos que visam a formação e geração de renda, além de auxiliar escolas para que funcione nos finais de semana para envolver a sociedade de maneira geral. "Acredito que o índice de furto iria diminuir", ressalta o candidato.
O ex-parlamentar ainda releva que, no caso da Guarda Municipal, o foco na sua administração seria a valorização da corporação. "Acredito que ela deva ser valorizada, mais de 100 guardas municipais pediram demissão por incompatibilidade do salário, temos que fazer um estudo. Saber aonde esse guarda municipal mora, qual a função dele no ponto de vista da sociedade, saber qual é o plano de carreira e se tem um seguro de vida para defender a sociedade. Acredito que seria mais comunitário do que civil, ou seja, a gente precisa saber se é possível de ser feito".
Erradicação da pobreza
A plataforma de governo de Athayde prevê a diminuição da pobreza em todas as formas. "O prefeito precisa se um articulador nesta questão. Podemos chamar as entidades que já existem como Asilo São João Bosco e usar o que ele tem de levantamento e entendimento. Podemos trazer o Juliano Varela, a maçonaria, rotary e entidades filantrópicas e espíritas para combater a pobreza em curto é médio prazo".
Em outro ponto, Athayde cita a criação das prefeituras regionais nas sete regiões do município e mais duas nos distritos de Campo Grande. O objetivo seria ter um equilíbrio entre a destinação do orçamento e os problemas de cada região.
No caso da habitação e moradia, o candidato afirmou que o conceito de só entregar casa não funciona. Há necessidade de ter equipamentos públicos nestes locais, como transporte coletivo, trabalho, e criar novas opções, como uma casa que tenha energia sustentável e aproveitamento de rede água. "A gente não pode criar um conjunto de confinamento, mas tenha dignidade. Por exemplo, as pessoas que vivem no Bom Retiro, no lixão eles ainda tinha uma fonte de renda, e depois os colocaram nesse ponto que é um deserto, sem entregar a casa, mas a nossa proposta seria até usar a mão de obra no local para dar mais rapidez, nós vamos criar um projeto de habitação com transparência e eficiência e se não desviar dá".
Infraestrutura
O candidato ainda afirma que Campo Grande possui uma infraestrutura boa e que pode ser melhorada. "Nós temos uma cidade com ruas largas, bem arborizadas e sem grandes problemas. Se a gente usar essa formulação de um governo participativo, uma vez que a nossa população tem um nível de conhecimento grande, a gente consegue trazer para cá muitos recursos", finaliza.
Athayde até sugere a possibilidade de dar desconto no IPTU para conseguir aproveitar a uso de água da chuva, o que ajudaria o município no problema de drenagem, o que deve ser um problema para a próxima administração municipal. O mesmo ainda valeria para a produção de energia. O objetivo é conseguir transforma a Capital em uma cidade mais humanizada.
Por fim, Athayde Nery pretende levar a população os cinco pilares de seu projeto político: Prosperidade, Paz, Pessoas, Ambiente e todo junto com a Governança. "Acredito que todas as áreas devem conversar, temos que ter a transparência na aplicação do dinheiro público e trazer resultados eficientes em todas as áreas de atuação além de uma governança participativa", finaliza.