Para o deputado Vander Loubert (PT), as eleições em Mato Grosso do Sul devem ir para o segundo turno. Na visão do parlamentar, o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se garante por ter a máquina na mão e a segunda vaga será disputada pelos demais pré-candidatos: o ex-prefeito Humberto Amaducci (PT); o ex-governador André Puccinelli (MDB) e o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT).
Nesta eleição, o petista espera que o partido repita um feito do passado, ocorrido em 1998, que ajudou a eleger José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, a governador do Estado na época. "Ninguém achava que o PT iria ganhar e o Zeca apareceu como azarão", afirmou o parlamentar, enfatizando acreditar na força de Humberto Amaducci.
"O Amaducci unifica todas as correntes dentro do PT. O nosso objetivo é atingir os 20% de preferência que temos no Brasil. Aqui, o Amaducci se consolida. O nosso voto está com o juiz, se ele cair, o Amaducci cresce, são esses votos que temos que recuperar", aposta o deputado.
Concorrente direto, Vander aposta em Reinaldo Azambuja no segundo turno. "Falo desde lá de trás. Já fiz campanha sendo governo e não sendo governo e acho que o Reinaldo está no segundo turno por causa da máquina. O negócio é que ele tem uma quantidade de prefeitos. Agora, uma coisa é ele ganhar no segundo turno, isso aí, já é outra eleição".
Quanto ao Odilon, Vander se mostra mais reticente. "Não acredito em candidatura que não têm capilaridade. O Odilon não é uma cria do PDT, ele se construiu no cargo dele de juiz", comenta.
Vander ainda lembrou da relação entre PT e PDT. "Historicamente, nós tínhamos alianças com o PDT, mas em uma eleição de enfrentamento de defesa do Lula e da nossa bandeira, devido a formação dele [Odilon], não ia aceitar fazer a defesa que nós fazemos, que o Lula é preso político e que não tem prova nenhuma. Mas a gente entende essa coisa de corporativismo. Jamais, ele faria essa defesa. E acho que era justo a busca do PDT pelo juiz".
Por fim, caso os eleitores prefiram manter a tradição, a via seria o ex-governador André Puccinelli. "A opção seria seguir a tradição e ir o ex-governador André Puccinelli. Mas na verdade, ninguém tem varinha mágica. Está tudo muito aberto, tudo pode acontecer e na minha opinião, vai ganhar quem conseguir a melhor estratégia. Quem disse que a final da Copa seria com a Croácia e a França? Mas esse é o cenário que vejo", finaliza.