A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), observa com ceticismo o desejo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em ver o filho Eduardo Bolsonaro (deputado federal também pelo PSL) como embaixador do Estados Unidos da América, cujo cargo está vago desde abril passado.
Para ela, Bolsonaro pai cometeu seu “maior erro” ao indicar o filho deputado para chefiar a embaixada americana.
A senadora disse que, “hoje”, o filho do presidente poderia ser reprovado numa eventual sabatina a que teria de ser submetido no Senado.
Se levada a ideia adiante, Eduardo Bolsonaro seria sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, colegiado chefiado pelo senador também de MS, Nelsinho Trad (PSD), que se manifestou favorável à indicação do presidente.
Na Comissão, os senadores podem votar pela nomeação, ou não, do filho de Bolsonaro, de modo secreto.
Assim que dito por meio das redes sociais, o desejo de Bolsonaro enfrentou críticas e apoios. Eduardo Bolsonaro virar embaixador por meio de indicação do pai pode ser considerado nepotismo, segundo argumentos de especialistas no assunto, incluindo um membro do STF (Superior Tribunal Federal), corte máxima do país.
Ao menos até agora, as credenciais que Eduardo elencou para tornar-se embaixador é que domina os idiomas espanhol, inglês e que sabe fritar "hambúrguer".