Cotado como pré-candidato a vice-prefeito, o vereador Carlão (PSB) analisou o cenário hoje em Campo Grande, onde ele impõe restrições apenas a representantes de extrema-direita. Como bom soldado, ele promete seguir o direcionamento do partido, que têm várias opções de caminhos, uma vez que tem boas relações com o centrão e a esquerda moderada.
Ele destaca que votou em Jair Bolsonaro quando o capitão era o nome da renovação partidária e, depois, em Lula (PT), quando o ex-presidente decepcionou. Com o vice-presidente Geraldo Alckmin no comando do PSB, as negociações são intensas para as eleições municipais de todo o País.
Carlão cita possibilidade de coligação com Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB) ou até mesmo Camila Jara (PT), nomes mais lembrados para concorrer à prefeitura da Capital.
Segundo ele, o PSB só não vai participar de chapa de extrema-direita, que tem nomes como Marcos Pollon, Capitão Contar, Coronel David e até o deputado Henrique Catan.
Questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro apoiar Adriane, o vereador opinou que ela representa o Centrão, o que garante alianças mesmo que ocorra essa parceria. Ainda assim, ele aposta que o ex-presidente deve escolher nome próprio e seguir a atual prefeita em eventual segundo turno.
Quanto ao cargo que vai disputar, Carlão lembra que a prioridade é o trabalho na Câmara Municipal. "Eu tenho que cuidar do meu mandato como vereador, senão, fico preocupado se vou ser vice, se vou a prefeito... Quando chego em junho, o pessoal todo está com o outro candidato; eu não ganho nem como vereador. Então, tenho que me preocupar com a eleição de vereador", justifica.
Ainda assim, se o partido precisar e tiver estrutura, ele entra na disputa no Executivo. "Mas quero deixar bem claro: se nós não tivermos estrutura para a bancada de vereadores e isso prejudicar o partido que já tem um vereador (no caso, eu), vai entrar outro agora, ficam dois... Portanto, entrar numa campanha com dois vereadores e terminar o pleito com zero é algo de alguém irresponsável".
"Sendo assim, só temos que pensar que o partido não pode perder a bancada da Câmara e também não pode ser candidato suicida. Acho que é necessário entender isso aí. Então, vamos analisar bem", finaliza.