A substituição de Antônio Imbassahy (PSDB-BA) pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) para o comando da Secretaria de Governo causou boa reação do mercado financeiro. Isso porque a entrada em cena do defensor ferrenho do presidente Michel Temer (PMDB) ‘aliviou’ a insegurança em relação às articulações para aprovação da reforma previdenciária.

Apesar de o nome do parlamentar estar ligado a polêmicas, como a defesa do hoje preso, ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a movimentação do governo é vista como mais um sinal da disposição de Temer em desobstruir o caminho para aprovar a medida – que anda a passos lentos e tem forte impopularidade entre os eleitores, mas que reage muito bem no mundo dos negócios.  

Exemplo disso, noticiado pelo InfoMoney, é que no dia seguinte ao anúncio do novo ministro, a Ibovespa intensificou ganhos e o dólar ampliou queda em relação ao real, em uma sinalização de maior apetite a riscos por parte do mercado.

Ainda conforme a matéria, a saída de Imbassahy era demandada há meses por membros do "centrão" e se intensificou após a votação das duas denúncias contra o presidente, quando o PSDB se dividiu entre votar em defesa do peemedebista e dar andamento ao processo.

A ideia a ser retomada para a aprovação nas mudanças na aposentadoria seria votar em dois turnos a PEC ainda em 2017 na Câmara, e, no ano seguinte, concluir a tramitação da proposta no Senado o mais cedo possível, evitando a crescente contaminação do debate pela clima eleitoral.