“Cem dias de sem governo”. É como historiou o deputado federal sul-mato-grossense, Dagoberto Nogueira (PDT), sobre o desempenho de Jair Bolsonaro, que completou nesta quinta-feira (11), os 100 dias no comando da república brasileira.
“´Vejo um governo totalmente despreparado, sem nenhum conhecimento, tanto é que é o bem menos avaliado entre os últimos presidentes [recente pesquisa divulgada pelo Datafolha]. Ele acabou com a esperança do brasileiro pelas besteiras que está falando. Já trocou dos ministros”, criticou o parlamentar.
Seguiu o deputado, “se ele não mostrar a que veio, os municípios vão pagar muito caro por isso”. Dagoberto disse isso se referindo ao movimento Marcha dos Prefeitos, evento promovido nesta semana, em Brasília.
Prefeitos – 60 deles de Mato Grosso do Sul – foram a capital brasileira atrás de recursos federais. De prático, ainda nada conseguiram. Representantes dos municípios pedem mudança no pacto federativo, regra que disciplina a divisão do dinheiro captado por meio dos impostos. Prefeitos querem que a repartição se “mais justa”. Hoje, às prefeituras ficam com o menor bolo do recolhimento de tributos.
O parlamentar criticou ainda o “modelo de administração de Bolsonaro”, que seria o que chamou “de toma lá e dá cá”.
No caso, Dagoberto disse ser reprovável a atitude de Bolsonaro, que estaria condicionando seu apoio à aprovação da reforma da Previdência. “Isso significa negociata política, um erro dele essa história do toma lá e dá cá”, complementou o deputado.
Na Câmara dos Deputados, Dagoberto integra as comissões da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (titular), Comissão de Constituição e Justiça (suplente) e integra ainda como membro titular da Comissão Mista de Orçamento.
Estratégia
Na manhã desta sexta, logo pela manhã, em evento no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, como parte das ações pelos 100 dias de governo, anunciou a criação do 13º para as famílias contempladas com o Bolsa Família. Para opositores, a medida é um meio de ele tentar recuperar a popularidade na camada que mais rejeitou a eleição do presidente.