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Política

07/04/2021 16:45

Oração de casa não vale: Coronel David ataca fechamento de igrejas na pandemia

Ele diz que exercitar a fé pode salvar vidas durante a tragédia da covid-19

O deputado estadual Coronel David (sem partido) fez, nesta quarta-feira (7), duras críticas ao fechamento das igrejas, por conta da covid-19. Ele destacou importância de exercer a fé durante esse período crítico. 

Para o parlamentar, mesmo com o número recorde de mortes por causa da doença, oração de casa não vale. Ele destaca, no entanto, que os templos religiosos devem observar as regras de biossegurança, como distanciamento e uso de máscaras. 

Para justificar a permanência dos templos aberta, David cita a liberdade religiosa prevista na Constituição Federal. 

‘’... no seu artigo 5º, no inciso 6º, permite a liberdade religiosa e, neste momento de pandemia, as pessoas precisam ter fé e acreditar em Deus, porque para Deus tudo é possível’’, anotou o parlamentar. 

David disse que a fé é o último recurso quando homens e medicamentos não atingem os objetivos. 

‘’... eu vejo muitas pessoas fechando os olhos, rezando ou orando e pedindo a Deus para que essa doença seja afastada de nós”, disse, lembrando ainda do período difícil em que foi diagnosticado com a covid-19.

Incoerências

David diz não entender o fato de decretos municipais ou estaduais fecharam igrejas, enquanto outras atividades funcionam normalmente, ainda que favorecendo aglomerações. 

"Eu me espanto de ver que as pessoas têm todo esse cuidado com as igrejas e templos que estão seguindo as medidas sanitárias de segurança e essas mesmas pessoas não veem os nossos ônibus todos lotados, em todos os horários. Parece que só na igreja tem vírus e dentro do ônibus não tem”, desabafou. 

O Plenário do Supremo Tribunal Federal julga, nesta. quarta-feira, a possibilidade de igrejas abrirem ou não no momento da pandemia. Uma liminar do ministro Nunes Marques permitiu a abertura dos templos em Belo Horizonte. Já Gilmar Mendes manteve decisão de João Dória, em SP, para fechar igrejas. 

A expectativa do parlamentar é que o STF leve em consideração o direito fundamental da liberdade religiosa e “não se deixe levar pela política”.

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