A senadora Simone Tebet (MDB) declarou, na tarde desta quinta-feira (28), que mantém sua candidatura à presidência do Senado, mas de forma independente do partido. A parlamentar destacou que o Congresso precisa de independência do Governo Federal para tomar as melhores decisões. 

Conforme dito em coletiva de imprensa, Tebet diz que conversou com o senador Eduardo Braga, líder do MDB no Senado, e que o partido a liberou para seguir candidatura independente. 

‘’Respeito a decisão, porque todos os senadores do MDB são meus colegas, mas eles também terão de entender a minha decisão [seguir na disputa]’’, declarou a sul-mato-grossense. Ela acrescentou que Braga vai seguir a apoiando, de forma pessoal. 

Aos partidos e senadores que a apoiam, como o Podemos, por exemplo, Simone destacou a necessidade da Casa de Leis manter a independência. 

‘’A nossa campanha começa agora, sou a primeira mulher que pode ser presidente da Casa em 200 anos. Minha candidatura não é de oposição, nem de situação, é de independência harmônica a favor do Brasil’’, disse Simone, que falou também de suas prioridades. 

‘’Minha candidatura é para enfrentar imediatamente esse confuso cronograma de imunização em massa da população brasileira, aliada a uma discussão do auxílio emergencial, ainda que em valores menores...’’, refletiu a parlamentar e depois atacou.  

''Hoje a independência do Senado está comprometida, porque temos um candidato oficial do Governo Federal. Essa Casa não pode ser um apêndice do Executivo’’, disparou Tebet. 

Simone disse que ‘’tem ouvido’’ que há sinais de ingerência do Governo nas eleições do Senado, mas não apontou nomes de quem teria sido cooptado pelo Planalto. 

‘’Vi alguns companheiros mudando de ideia, mudando de posição e quero crer que foi por motivos de conteúdo do meu adversário’’, destacou a emedebista. Parte dos senadores do MDB negocia cargos na mesa-diretora, para apoiar o senador Rodrigo Pachedo, do DEM, apoiado por Davi Alcolumbre.