O ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB) deixou a prisão nesta sexta-feira (8), beneficiado pela decisão do STF que acabou com a prisão após condenação em segunda instância. O político foi condenado no caso do Mensalão Mineiro.
A soltura foi autorizada pela Justiça de Minas Gerais. Azeredo cumpria pena de 20 anos e dez meses, desde 2018.
Conforme a Agência Brasil, o juiz Marcelo Eustáquio, da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte, destacou que ''com o devido respeito a quem pensa o contrário, creio, nesse cenário, que não admite ilações ou divagações jurídicas. Deve ser cumprida, em respeito aos mandamentos legais''.
Ainda segundo a Agência, Azeredo foi denunciado pelo suposto envolvimento em um esquema de corrupção montado para beneficiar sua campanha de reeleição ao governo mineiro, em 1998.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), mais de R$ 3 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras. Para o MPF, a prática dos crimes só foi possível por meio de "esquema criminoso" montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Em 2014, Eduardo Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal, perdendo o foro privilegiado no Supremo – o que fez com que seu processo fosse remitido à Justiça de primeira instância, em Minas Gerais, retardando o julgamento.