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Política

há 11 horas

Neurologia do HRMS usa Botox no tratamento de doenças em Campo Grande

Mulher de 86 anos sofria com piscadas involuntárias e não conseguia dirigir

Equipes médicas estão usando a toxina botulínica no tratamento de diversas doenças, no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. 

Conforme a divulgação, a Neurologia do HRMS tem usado a substância – cujo nome da marca Botox é o mais conhecido entre as pessoas – para tratar distonias, que são doenças que causam contrações musculares involuntárias e anormais. Essas reações geram dores musculares, torcicolos, deformidades nos membros e articulações, além de estigma social.   

O tratamento está disponível para pacientes ambulatoriais encaminhados pela regulação estadual. Responsável pela primeira aplicação, a médica neurologista Aline Kanashiro explica que a distonia nem sempre tem uma causa evidente.

''Pode ter uma causa evidente e ser consequência de um acidente vascular cerebral ou de um traumatismo craniano, por exemplo, ou ser idiopática, que é quando a causa não é definida ou não pode ser identificada'', afirma a médica. 

Ainda segundo divulgado, a toxina botulínica reduz o excesso de contração muscular causado pela distonia. Com isso, o paciente tem alívio dos sintomas da distonia, já que os estímulos excessivos para a contração muscular são interrompidos e os espasmos musculares são reduzidos ou eliminados. O tratamento é paliativo e as reaplicações devem ocorrer no período de quatro a seis meses.

''Ao implantarmos o Ambulatório de Toxina Botulínica no HRMS, nossa intenção é garantir que esses pacientes tenham uma opção de tratamento e melhora da qualidade de vida. Também é uma oportunidade de ampliarmos as áreas de atuação da Neurologia do HRMS, além de proporcionar a disseminação do conhecimento, já que no hospital há o Programa de Residência Médica em Neurologia'', afirma a médica neurologista.

Pioneira

A primeira paciente, diz o texto, a receber o tratamento no hospital foi a aposentada Reny Garnacho, de 86 anos. Ela tem diagnóstico de blefaroespasmo, que é um transtorno neurológico que causa contrações involuntárias das pálpebras, resultando em piscar involuntário e fechamento dos olhos, desde 2009.

''Por conta disso, quase não estava conseguindo dirigir. Só conseguia quando era bem próximo de casa. E também não conseguia ler mais, pois meu olho estava fechando demais'', contou.

Diretora-técnica do HRMS, a médica Patrícia Rubini explica que a implantação do ambulatório e o oferecimento desta opção de tratamento no hospital é resultado de esforços em conjunto com a SES (Secretaria de Estado de Saúde).

''Iniciamos as tratativas para oferecer o tratamento no segundo semestre do ano passado. Com o apoio da SES e, em especial da Casa da Saúde, conseguimos o treinamento da equipe de enfermagem, habilitação e também a disponibilização da toxina botulínica'', relembra. 

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