Ministério Público Estadual de MS abriu inquérito civil, para apurar se vereadores que não compõem a base aliada do prefeito, na Câmara, têm seus pedidos formais atendidos na Prefeitura de Três Lagoas. Os 'amigos' do prefeito Ângelo Guerreiro poderiam estar recebendo benesses, no mínimo, imorais.
A divulgação da instauração do procedimento foi feito pela 7ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, assinada em 18 de março deste ano. No entanto, a investigação está em sigilo.
Conforme divulgado pela Promotoria, o objeto da investigação é saber se Prefeitura de Três Lagoas seria omissa no não atendimento de pedidos formais, de vereadores que não fazem parte da base aliada do prefeito na Câmara. O promotor de Justiça responsável será Etéocles Brido Mendonça Dias Júnior.
Entramos em contato com o presidente da Câmara Municipal de Três Lagoas, vereador Cassiano Rojas Maia (PSDB), por telefone e WhatsApp, mas ainda não tivemos retorno.
A Prefeitura informou que, por se tratar de um procedimento rotineiro do Ministério Público, está preparando documentação para contrapor o inquérito.
‘’Enquanto isso, aguarda o desenrolar do processo e no momento oportuno irá se manifestar’’, diz o comunicado.
Privilégios
Situação parecida com a suspeita do MPE, está nas manchetes de diversos jornais nacionais e envolve o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Áudio revela que Ribeiro daria preferência para liberar verbas para prefeituras indicadas por pastores evangélicos, aliados ao governo.
Conforme sugere a gravação, o pedido para dar preferência aos ‘’indicados pelos pastores’’ teria vindo diretamente de Jair Bolsonaro. Milton Ribeiro negou que haja qualquer tipo de facilidade.
Parlamentares de oposição ao governo prometem acionar as autoridades, cobrar esclarecimento do caso.