Vítima da covid-19, o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) defendia o uso da cloroquina no tratamento da doença, reclamava do vírus ‘chinês’ e chegou a dizer que o isolamento social era 'inútil'.
“Na medicina pode ser recomendável ter uma segunda opinião. O tratamento do covid-19 com cloroquina divide a opinião dos especialistas. Fico com a sugestão do uso do medicamento desde o início, como quer o Presidente @jairbolsonaro além de isolamento social seletivo. Porque? Porque é preciso resolver o hoje pensando no amanhã. Hoje é urgente salvar vidas, amanhã salvar empregos, renda e empresas. Essas duas ondas, saúde e economia, já estão entrelaçadas e sinalizam para miséria, fome e caos. Esse é o dilema de @jairbolsonaro e @lhmandetta”, publicou em abril, mencionando Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Em outra postagem, no Twitter, o senador disse que “os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O Presidente @jairbolsonaro ,isolado pelo STF, estava certo desde o início”.
Ele ainda destacou suposto ganho político nas ações de saúde. “O uso eleitoral da pandemia mascara as reais intenções das autoridades. Observem que por trás de um pronunciamento demagógico sempre tem um pré-candidato a algum cargo. Não é preciso citar nomes. Atenção, ‘nem tudo que reluz é ouro...’”.
O caso
O político de 83 anos morreu, nesta quarta-feira (21), no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele teve falência dos órgãos em decorrência da covid.
No lugar dele assume o primeiro suplente, o advogado Carlos Francisco Portinho (PSD). Ele foi subsecretário de Habitação do Rio de Janeiro na gestão do ex-prefeito Eduardo Paes.