A ministra da agricultura, Tereza Cristina, esteve em Campo Grande, e questionada sobre a polêmica reforma da previdência, principalmente para o trabalhador rural, ela disse que a idade imposta "está de bom tamanho 60 pra homem e para mulher", principalmente pelo fato da expectativa de vida estar aumentando no Brasil.Ela destacou que a medida é "fundamental para economia saudável do nosso país".
"É um assunto que ninguém gostaria de fazer, mas é um assunto que tem que ser feito. Já foi tentado dois anos atrás, não conseguimos caminhar no Congresso. E agora com a entrada do novo governo, o governo viu que essa medida é fundamental e que aconteça o mais rápido possível para estancar uma sangria nos contras públicos". A ministra destacou o déficit que existe no setor, devido ao recolhimento de 8 bilhões e o pagamento de 113 bilhões benefícios., o que segundo ela, gera um desequilíbrio.
Sobre a pesca, ela lembrou que voltou para o ministério da agricultura agora, é que uma reestruturação está sendo feita.
“Claro que já existem programas, temos que aproveitar o potencial enorme. Então nós temos que fazer desse segmento, um segmento de sucesso na agropecuária”.
Desde a tragédia em Brumadinho, foi cobrado um posicionamento do ministério da agricultura, como em Corumbá há 16 barragens, foi questionado o que o ministério poderia estar fazer para evitar que a situação aconteça em Mato Grosso do Sul.
"A fiscalização de barragens não é com nosso ministério, mas é claro que o ministério da agricultura tem essa preocupação. Nós temos muitas barragens em fazendas, o que a gente pode é orientar, aí o papel do governo do Estado precisar de ajuda do governo federal nós estamos abertos a ajudar o governo para que as fiscalizações sejam feitas", destacou.
Sobre cerca de 465 toneladas de frango produzidos em Mato Grosso do Sul contaminadas pela bactéria salmonela e recolhidas pela BRF Foods, Tereza destacou que a postura da empresa em fazer o teste, detectar o problema, foi correta. E que atitudes como essa, dá uma segurança para o consumidor e também para o ministério , já que seria uma hipocrisia dizer que o ministério conseguiria fiscalizar e ter autocontrole de todas as marcas.
"Não temos perna pra isso, é uma hipocrisia, então, se eu quero produzir, se eu quero um produto de qualidade, é por isso que nós temos marcas, não tem determinadas marcas que a gente paga mais por ela? Então a marca é responsável pelo produto dela".
Questionada sobre a saída de Bebbiano do governo em menos de dois meses, a ministra reforçou que não cabe a ela certas decisões.
“Esse assunto não me diz respeito, esse assunto é entre o presidente e o ministro. Houve um desentendimento, é o presidente tomou medida que ele achava mais correta, ponto", disse finalizando o assunto.
Ministra esteva na Capital na tarde desta sexta-feira (22), para prestigiar 14ª Dinapec, na sede da Embrapa Gado de Corte.