As defesas de João Amorim e Edson Giroto, presos na Operação Lama Asfáltica, não acreditam que os clientes possam ser soltos, pelo menos antes deste final de semana. Há recursos em andamento, como no TRF3 (Tribunal Regional Federal), mas uma decisão imediata parece remota.

Segundo o defensor de Giroto e do engenheiro Flávio Schrocchio,o advogado Valeriano Fontoura, a medida judicial adequada não foi estudada ainda e deve ficar para semana que vem.

Fontoura disse que o quadro do cliente permanece sem alterações. Ele conta que os dois investigados estavam apreensivos no dia da prisão, mas que esse momento já era esperado.

O principal argumento da Justiça para manter os investigados da Operação Lama Asfáltica na cadeia é a possibilidade de continuidade delitiva. Mas na visão de Valeriano, esse entendimento sobre o cliente dele ocorreu há dois anos atrás.

O advogado finalizou dizendo que deve visitar o cliente neste sábado ou segunda-feira (12).

O defensor do empreiteiro João Amorim, Benedicto de Figueiredo, não atendeu a ligação do TopMidiaNews. Nessa sexta-feira, dia da prisão, ele criticou a medida extrema e disse que medidas cautelares poderia ser eficazes para que a investigação continuasse.

Além de Giroto, Amorim e Schrocchio, está preso Wilson Roberto Mariano, conhecido como Beto Mariano.

Prisões

Os quatro suspeitos investigados pela Lama Asfáltica se entregaram na seda de Polícia Federal em Campo Grande, após o Supremo Tribunal Federal derrubar a liminar que os mantinham em liberdade. A entrega foi negociada entre as defesas e a PF.

Além do quarteto, outras quatro pessoas, mulheres, também foram detidas, mas vão ficar em regime domiciliar. São elas: Raquel Giroto, mulher do ex-secretário; Ana Paula, filha do empreiteiro; Elza Cristina Santos, sócia de Amorim; e Mariane Mariano, filha de Beto Mariano. A PF ainda não divulgou o nome da quarta detida.