O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PMDB, Junior Mochi (PMDB), afirmou que o nome do ex-governador André Puccinelli (PMDB) continua sendo um nome forte para disputar as eleições ao governo do Estado em 2018. Puccinelli foi citado em delação premiada de executivo da Odebrecht sobre suposto recebimento de R$ 2,3 milhões em propina.
Em depoimento, o executivo da Odebrecht João Pacífico contou que André Puccinelli só aceitou pagar uma dívida do Estado com a empresa, após receber 10% do valor da dívida em forma de contribuição de campanha.
O deputado estadual destacou que o diretório estadual do PMDB não realizou nenhuma reunião com André Puccinelli, após a aparição das denúncias sobre envolvimento nas delações da Odebrecht. “Não tivemos reunião com Puccinelli. Mas o nome de Puccinelli sempre será um nome forte dentro do partido”, destacou.
Mochi afirmou que as denúncias são fatos que precisam ser comprovados. Também disse que o surgimento dos nomes de políticos do Estado não irá interferir no andamento das sessões da Assembleia Legislativa. “Assim como o País não parou, nós também não podemos parar”.
Durante a delação, Pacifico afirmou que somente quando estava nas vésperas da reeleição foi que Puccinelli resolveu negociar o pagamento devido a empresa, afirmando que além de dar um desconto de 70%, eles teriam que parcelar os valores da propina.
No vídeo, o delator é questionado sobre “vantagens indevidas" pagas a André Puccinelli e Edson Giroto, quando Pacífico explana de maneira detalhadas com datas e fatos. Segundo ele, outro interlocutor com nome de Pedro teria sido o responsável pela negociação que aconteceu no Parque dos Poderes e que Puccinelli então teria indicado o nome do empresário João Amorim para “tocar a negociação”.