Um 'bate boca' marcou o encontro do deputado federal peemedebista Carlos Marun, com representantes de sindicatos na sede do PMDB, na manhã desta sexta-feira (3), em Campo Grande. O parlamentar ficou irritado quando o diretor de Politicas Sociais do SINTSS/MS, Eder de Lima pediu para fazer uma pergunta ao deputado, alegando que não conseguia olhar para os olhos de Marun e voltaria sua visão para seus colegas.
"Vou olhar para meus colegas porque não consigo olhar para o senhor, como é que o senhor consegue dormir a noite?", questionou o diretor a se posicionar contra a reforma da presidência.
De imediato, Marun mandou o presidente deixar a sede do partido. "Ou você sai, ou eu saio, porque não é para esse nível de debate que vim aqui, quem quiser debater parte técnica estou aqui, mas não estou aqui para demagogia. Se for para ser assim, eu não discuto mais com vocês".
Eder preferiu deixar o local. "Eu saio mesmo, prefiro sair do que ficar escutando você".
O deputado disse que pretende discutir a reforma com os representantes sem ideologia, já que é relator da reforma. Durante o encontro, os sindicatos apresentaram um documento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, rebatendo as informações prestadas pelo governo, destacando que a reforma afeta diretamente 1 milhão de pessoas e outras 675 mil serão afetadas no futuro.
Conforme o documento, não existe rombo na previdência, pois o ganho médio de uma família é de renda percapita de R$ 700. Marun disse que o objetivo é retirar os privilégios dos servidores e foi rebatido pelo presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Jean Carlos Miranda. "Os servidores não são privilegiados, é a categoria que mais contribui com a previdência, inclusive depois que se aposentam. A reforma vai atingir de forma séria a carreira dos policias civis e militares".