Fiel escudeiro do Palácio do Planalto, o deputado federal Carlos Marun (PMDB) vai substituir Valtenir Pereira, peemedebista de Mato Grosso, na suplência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que irá analisar a denúncia de corrupção contra o presidente da República Michel Temer, também peemedebista.
O parlamentar fez parte do grupo de oito deputados, conhecido como G8, responsável por articular a aprovação e viabilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do PT. Ele também fez parte da tropa de choque do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e hoje, tem sido um dos principais defensores de Temer.
Na quarta-feira (28), Marun lembrou que atualmente não faz parte da composição a CCJ, mas o PMDB irá realizar a troca de integrantes para garantir a defesa de Michel Temer e a aprovação do relatório pelo arquivamento da denúncia. “O PMDB está discutindo sobre isso”, adiantou ao TopMídiaNews.
A denúncia contra o presidente da República foi recebida pela Câmara Federal ontem (29), que vai determinar se o STF (Supremo tribunal Federal) pode abrir um processo contra Temer. De acordo com a Constituição Federal, para isso acontecer, o pedido de julgamento precisa ser aprovado por, pelo menos, 342 deputados, ou seja, dois terços das 513 cadeiras.
O governo, no entanto, conta com uma confortável maioria e espera conseguir bloquear o processo. Para isso, precisa que 172 deputados votem contra a proposta, se abstenham ou se ausentem no dia da votação. “A chance de a oposição ter os 342 votos para aprovar a denúncia é a mesma que o Sargento Garcia tem de prender o Zorro, salvo haja algo novo, grave e comprovado contra o presidente”, disparou Marun em entrevista à Uol.