O prefeito Marquinhos Trad (PSD) destacou, durante entrevista no programa Boca do Povo, nesta sexta-feira (17), que a relação com o Governo do Estado e com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é de cordialidade.

Marquinhos, intimado pelo partido a ser candidato a governo em 2022, entende que "não cuspiu no prato que comeu", já que a parceria sempre foi na administração e, no mundo político, as coisas são diferentes.

"A minha relação com o governador Reinaldo é de cordialidade e respeito. Porque não houve rompimento algum com o Governo do Estado, até porque a parceria sempre foi administrativa e foi pensando em Campo Grande. Logo após a nossa vitória contra a vice-governadora [Rose Modesto], o nosso primeiro ato foi de ir até à Governadoria para dialogar com o governador Reinaldo Azambuja", disse Marquinhos.

O prefeito afirmou que o diálogo na época foi de pacificação após a eleição, e como gesto em benefício da cidade. "Procurei o governador independentemente de nome, sobrenome ou partido."

Trad disse que "os interesses pessoais não devem permanecer sobre o do setor público e que a parceria administrativa permanece"."Apoio político difere de arranjo político. Apoio político eu aceito, e se quiserem apoiar numa eventual candidatura nossa ao governo e entenderem que no nosso projeto terá que colaborar com o estilo que implantamos em Campo Grande, não vamos recusar parceria administrativa, seja da direita ou da esquerda."

Apesar de estar aberto a conversação com siglas de alas da direita, esquerda e centro, o prefeito da Capital destaca que não trabalha com acordos políticos, e troca de cargos.

"Agora, não me chamem numa mesa para firmar partido ou político: 'te apoio se você me der a vice, olha eu te apoio se me colocar na chapa de Senado', isso não funciona comigo. Eu já provei, na minha reeleição, e eu não troquei a minha vice e vejo que os outros trocaram e acabaram brigando com seus vices."

Marquinhos deve definir o rumo político e se concorre ou não ao cargo de governo até dia 31 de março de 2022, já que a legislação eleitoral prevê o afastamento do prefeito do cargo seis meses antes da eleição. Se ele sair para concorrer não pode voltar a comandar a prefeitura, que ficaria a cargo da vice Adriane Lopes (Patriota).