O vereador Mario Cesar (PMDB) retornou oficialmente às atividades parlamentares na Câmara Municipal de Campo Grande. Durante a primeira sessão após sua volta, nesta quinta-feira (26), ele afirmou que não mudará de postura até o fim do mandato e anunciou que irá deixar a política no próximo ano.
“Não é porque eu não venho a ser mais presidente da Câmara que minha postura irá mudar, vou continuar sendo o mesmo”, destacou o parlamentar, ao explicar que, depois dos advogados tentarem todas as considerações para que retornasse à Casa de Leis na função de presidente, acabou decidindo “abrir mão do mandato e entrar com outro pedido apenas para retornar como vereador”.
O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acatou o pedido e ele foi reconduzido. Mario Cesar acredita que, de certa forma, isso acabou ajudando a Comissão de Ética. “Eu não influenciaria em qualquer tipo de situação na Comissão de Ética e me ajudou a apresentar todas as defesas necessárias ao caso”, comentou.
O parlamentar contou que abriu mão de testemunhas, mas está apresentando toda a defesa para poder esclarecer qualquer dúvida que surgir na investigação. Ele também aproveitou a oportunidade para anunciar que irá deixar a política. “Foi uma decisão pessoal, não vou ser candidato à reeleição e vou apenas seguir como vereador até terminar meu mandato”, disse.
Ele se defendeu ao ser questionado sobre supostas reuniões em uma chácara, na casa da família Pimentel, para falar sobre a cassação do atual prefeito Alcides Bernal (PP). “Eu não acho estranho e não tem nada que determine que não podemos fazer reuniões em campos A, B ou C. Hoje, há uma intenção de criminalizar a política, e apontar que tudo de ruim que acontece é por conta da política”, destacou.
O parlamentar citou o exemplo do vice-presidente Michel Temer (PDB) na questão do Senador Delcídio Amaral. “Ele recebeu toda a oposição para tratar sobre a prisão do Delcídio na sua casa”, contou Mario Cesar.
Ao ser questionado pela imprensa sobre a Câmara Municipal ter inocentado o vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP), por meio da Comissão Processante, Mario Cesar se mostrou a favor. “Acompanhei toda a decisão por meio da mídia e a Câmara acabou seguindo o caminho que precisava tomar. Foi uma decisão tomada pelo colegiado e eu respeito”, concluiu.