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Política

há 2 horas

Marçal é dono de milhões, apesar de cobranças e ação por falsidade ideológica em Dourados

Ele foi flagrado no maior escândalo da política de MS, a Operação Uragano

Candidato a prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), é dono de uma verdadeira fortuna, mesmo com dívidas e condenações judiciais. Ele teve envolvimento em um dos maiores escândalos da política de MS. 

Conforme apurado com fontes locais, teria sido acionado na Justiça por suposto enriquecimento ilícito.  Apesar de assumir dívidas na casa dos ''milhões'', junto da ex-esposa e empresas, o patrimônio dele foi multiplicado. 

Paranaíba

Marçal é réu na Justiça Federal de Dourados por má-versação de emenda parlamentar para uma obra de cerca de R$ 500 mil em Paranaíba. A estrutura, construída para abrigar um centro para artesanato, teve sua finalidade alterada e virou um ''lanchódromo''. O MPF alegou que Filho sabia do ''desvio de rota'' na obra e mesmo assim manteve a emenda. 

Marçal foi condenado pelo STF por falsidade ideológica (Foto: Reprodução STF)

STF

Filho já foi condenado no STF por falsidade ideológica, mas o caso prescreveu. O ex-deputado promoveu falsificação para não aparecer na condição de sócio de uma rádio em Dourados.A relatoria foi da ministra Rosa Weber. 

Uragano

Uma das manchas mais forte na trajetória de Marçal foi exposta na Operação Uragano, da Polícia Federal, em 2010. Ele foi flagrado cobrando propina de emendas parlamentares destinadas a Dourados. A ''taxa'' variava na ordem de 10% a 15% do montante a ser destinado. 

Na ocasião da apuração, Filho teria afirmado que recebeu R$ 2 milhões em propina, que coincidiu com o valor do patrimônio declarado por ele à Justiça Eleitoral à época. 

Público e privado

Em 2014, Marçal e Keliana Fernandes Mangueiras se separaram. A desunião se deu em meio a uma interceptação da radialista em articulação para desviar recursos da compra de remédios na prefeitura da segunda maior cidade do Estado. O objetivo era usar o dinheiro na campanha do então marido, tudo revelado ainda no âmbito da Uragano. 

Marçal e Keliana viviam sob união estável, mas consta que, com a separação, não amigável, a mulher ficou com um terreno, um ponto comercial e um veículo antigo, ao passo que Filho ficou com os imóveis e bens do antigo casal, avaliados em pouco mais de meio milhão de reais. Porém, na ação, o atual candidato foi obrigado a pagar mais de R$ 718 mil em indenização material e moral e em pensão alimentícia a Keliane. 

Cobranças

Após o divórcio, o postulante a prefeito foi cobrado, em 2016, em R$ 600 mil por comprar materiais para construção em um depósito. Marçal tentou negar a dívida e acusou os envolvidos, Keliane e a empresa, de supostamente terem falsificado a sua assinatura no reconhecimento da dívida. A ação só foi extinta em 2018, após o pagamento integral da dívida pelo ex-casal.

Dívidas x fortuna

Dívidas acumuladas por Marçal chegaram a R$ 1,5 milhão à época, o que chegava perto do patrimônio estimado dele. Apesar disso, o político viu a fortuna saltar para 11,5 milhões de reais em 2024, mesmo após ações de cobranças e investigação por enriquecimento ilícito. 

Resposta

A defesa de Marçal negou que ele seja réu no Supremo Tribunal Federal e em qualquer outra esfera judicial por enriquecimento ilícito. 

Sobre a Uragano, o advogado negou que haja gravação de Marçal pedindo dinheiro, nem que tenha recebido valores de forma ilícita. No entanto, no processo há transcrição de conversa entre Marçal, Keliana (ex-mulher dele), que foram registradas pelo então assessor do prefeito Ari Artuzi, Eleandro Passaia. 

Sobre as cobranças de dívidas, o defensor garantiu que o cliente nunca experimentou qualquer ação de cobrança e que paga as contas em dia. 

Sobre enriquecimento ilícito, o advogado destaca que todos os bens do candidato estão registrados junto aos órgãos fazendários ou de controle. Destacou que Marçal sempre levou vida modesta e econômica e que a rádio é muito rentável.  

''... ele trabalhou a vida inteira desde menino, conseguiu sim amealhar um patrimônio de parte irrespeitável, mas tudo isso via de trabalho, lícito e economia'', disse o causídico. 

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