Luiz Henrique Mandetta não é mais Ministro da Saúde. A decisão foi tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, após longa crise, com detalhes novelescos, entre o mandatário e seu nome de primeiro escalão. A informação foi confirmada pelo jornal Estadão.
Uma conclusão é clara nesta crise: o campo-grandense sai maior, politicamente falando, do que quando adentrou a porta do Ministério. A luta para defender as orientações da Organização Mundial da Saúde, em meio ao negacionismo crescente do Palácio do Planalto, fez Mandetta angariar apoios no meio político e social.
Mandetta sai do Ministério da Saúde mesmo contando com apoio de mais de 70% da sociedade civil, conforme pesquisas Ibope e XP, além das principais lideranças políticas do país, como Rodrigo Maia, David Alcolumbre, basicamente todos os governadores, e também do Supremo Tribunal Federal.
A saída recai unicamente sobre os ombros daquele que, diversas vezes, falou que tem o ‘poder da caneta’: o presidente Jair Messias Bolsonaro. É dele a assinatura para a queda do ministro, e é nele que cai também os efeitos – quaisquer que forem – de uma troca na Saúde no epicentro de uma pandemia mundial.