O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), cotado para ser o ministro da Saúde, disse que chegou a alertar o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre a possibilidade de colapso na saúde com a saída de médicos cubanos do país.
A declaração foi concedido ao blog O Antagonista nesta semana. Para Mandetta, a debandada dos médicos cubanos pode provocar um colapso no atendimento em várias regiões, provocando uma enorme crise no sistema de saúde já na posse do novo presidente.
O convênio com Cuba para o Programa Mais Médicos mantêm 10 mil médicos no país. Porém, o governo de lá já se manifestou e determinou que os médicos que atuam no país voltem em até 40 dias para o seu país de origem.
Ao blog, o deputado sul-mato-grossense afirma que Bolsonaro precisa ter um plano emergencial. "[Ele] já avisou que vai romper contrato com Cuba. Acho que, diante disso, eles não vão deixar esses médicos aqui a partir de janeiro. O presidente precisa ter um plano emergencial para reagir a isso”, disse.
E o ex-secretário de saúde da Capital, teria sugerido ao presidente eleito que essas vagas ocupada pelos cubanos possam ser oferecidas aos mais de 26 mil médicos que estão se formando neste ano, como “pré-residência”.
Ou ainda que se faça uma convocação militar. “Você coloca os médicos recém-formados como médicos militares aspirantes”, diz. Apesar da polêmica, Bolsonaro ainda não decidiu o que fazer.