Maristela Pereira de Souza, 43 anos, denuncia que só descobriu ter câncer, após peregrinar em postos de saúde por seis meses, em Campo Grande. Para ela, o descaso é latente e quer justiça.
Casada e mãe de dois filhos, a paciente conta que teve sangramento e procurou a unidade Básica de Saúde da Família, no José Tavares do Couto, em abril. Também diz ter procurado ajuda médica em posto no Nova Bahia.
Souza diz que, nas consultas, o diagnóstico dado a ela era de ''menopausa precoce''. Depois de uma piora sensível, ela foi ao Hospital Universitário, onde teria passado por biópsia e confirmado câncer no colo do útero.
Foram meses indo e voltando a postos de saúde, com sangramentos, diz a paciente.
''vai fazer sete meses e eu tô assim... não é a vida deles [que está em risco]'', lamenta a contribuinte.
Tratamento
No Hospital Universitário, Maristela conseguiu indicação para iniciar tratamento no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, somente para o dia 3 de novembro. Ela está revoltada com a saúde pública e quer justiça, por não ter conseguido um diagnóstico precoce do câncer.
A paciente diz que precisa de um advogado para entrar contra o Município. Quem tiver informações sobre assessoria jurídica, basta entrar em contato com o telefone (67) 9 67 9112-8117.
O que diz a Sesau?
Entramos em contato com a assessoria da Prefeitura de Campo Grande, que emitiu nota oficial como resposta.
Nota da Sesau:
A paciente em questão passou por diversas vezes pelo CRS Nova Bahia e USF José Tavares, sendo solicitados exames para um possível diagnóstico e prescritos medicamentos, contudo a paciente, ainda em consulta, informava que não realizaria o procedimento, alegando inclusive que não compareceria ao próximo retorno por não querer ser atendida pela médica com a qual havia agendamento, além de não realizar o uso adequado dos medicamentos. E no final de setembro, após outra consulta na USF, foi feito o lançamento de um exame, que está com agendamento para o próximo dia 10 de novembro.
Reforçamos que o lançamento do pedido é de responsabilidade do paciente, uma vez que, este sai do consultório médico com a prescrição em mãos e deve retornar à recepção para que este seja inserido no Sisreg.
(Matéria atualizada às 12h de terça-feira (1) para acréscimo de nota oficial da Sesau)