O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou o seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), durate participação no encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira (9). Lula se disse que Bolsonaro "gostaria de ter uma carta feita por milicianos”. A fala ocorreu após as críticas do chefe do Executivo sobre o manifesto a favor da democracia.
“Quem sabe a carta que ele gostaria de ter era uma carta feita por milicianos no Rio de Janeiro. Não uma carta feita por empresários, intelectuais, sindicalistas, que defende um sistema que até agora está provado que é um dos sistemas mais perfeitos do mundo”, disse o petista.
Segundo o Metrópoles, na segunda-feira (8), Bolsonaro esteve em evento com banqueiros da Febraban e declarou que “democrata não precisa assinar cartinha”, ao se referir a documento criado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), em defesa da democracia e do sistema eleitoral eletrônico.
“Como é que a gente pode viver num país em que o presidente conta sete mentiras todo dia? E com a maior desfaçatez. Que chama uma carta, que defende a democracia, de cartinha?”, questionou Lula na Fiesp.
Ainda segundo o site, o petista ainda criticou as alegações feitas por Bolsonaro e aliados, sem provas, a respeito do sistema eleitoral.
“Eu mesmo sou grato porque fui eleito duas vezes pelo voto eletrônico. Se pudesse roubar, eu não estaria lá. Eu acho que na eleição de 2014, se pudesse roubar pelo voto eletrônico, certamente a Dilma não tinha ganhado. Esse cidadão que é eleito desde 98 pela urna eletrônica, qual o direito ele tem de colocar em suspeição? “, falou.
Ainda em relação às urnas, Lula condenou a atuação das Forças Armadas no processo de fiscalização do sistema. “Que negócio é esse das Forças Armadas agora se meterem em fiscalizar a urna. Militar tem que fiscalizar a nossa fronteira. Tem que estar tomando conta de outras coisas”, declarou.