Assim que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, elegeu, no início da noite de ontem, quarta-feira (13), o deputado federal baiano Antônio Brito, do PSD, sigla partidária dos irmãos Trad, o deputado federal Luiz Ovando (PSL-MS), formulou duras críticas contra o modelo de atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde e citou como exemplos o que acontece nos postos de saúde e a Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul.
Novato na política, o deputado-médico e professor universitário disse que o país “perde tempo” em apoiar a ideia do Mais Médicos, programa que prevê a contratação de profissionais estrangeiros, posto em prática em 2013.
Para Ovando, o governo deveria incentivar os médicos da rede pública a “diagnosticar” as doenças que afetam a população, já nos “postos de saúde (UBSs)” e nos hospitais.
O parlamentar afirmou, no discurso, que em Campo Grande, nas UBSs e na Santa Casa, onde atuou e que tem ao menos 700 leitos, o diagnóstico rápido, no primeiro atendimento, é desprezado.
Para o deputado, o atendimento, hoje em dia, é influenciado pelo que chamou de “tecnologizar (tornar tecnológico) a saúde”. No caso, pela interpretação de Ovando, os profissionais da saúde deviam logo apontar a enfermidade do paciente, não destacar o certo exigindo os exames laboratoriais.
No entanto, para tocar adiante o programa do “diagnóstico”, afirmou o parlamentar, é preciso “reconhecer o médico, valorizar o clínico”.
As palavras de Luiz Ovando foram dirigidas ao novo presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, colegiado capaz de levar adiante a ideia do parlamentar sul-mato-grossense.