Os parlamentares peemedebistas anunciaram apoio à vice-governadora Rose Modesto, do PSDB, na disputa pela prefeitura de Campo Grande, mesmo que o acordo não tenha sido formalizado oficialmente. O direcionamento ocorre após o ex-governador André Puccinelli, do PMDB, não aceitar o convite para concorrer e deixar a bancada do partido na Câmara Municipal livre.
Segundo o vereador Paulo Siufi, os membros da bancada decidiram pelo apoio a candidata Rose em reunião realizada após as convenções. "O PMDB tomou essa decisão e, por conta de uma declaração feita por um deputado do Marquinhos, que disse que não queria o PMDB com ele. Então, decidimos que iríamos apoiá-la nos bairros, de chão. É isso que eu vi na convenção e na reunião foi combinado isso, apesar de estarmos livres. O melhor caminho para Campo Grande é a Rose".
Outra a falar do caso foi a vereador Carla Stephanini. "Sou partidária e sigo orientações do meu partido. O PMDB entende essa possibilidade de coligação, mas não estamos em coligação formal, uma vez que o partido não teve candidatura própria e deu liberdade para cada um seguir o seu caminho. Mas da minha parte não tem nenhum problema, eu advogo pelo voto feminino".
O vereador Vandelei Cabulo foi outro que ainda destacou o fato de conhecer a vice-governadora quando ela ainda era vereadora na Câmara. "O PMDB ficou livre e vou apoiar a Rose, mas optei por conhecê-la, ela foi vereadora comigo. É uma pessoa sensível, parceira da Câmara e mulher".
Por fim, o ex-presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar, também referendou apoio à vice-governadora. "Apoio a Rose, penso que ela tem o melhor projeto de governo e não de poder. Quem faz projeto individual não vai a lugar nenhum e a maneira que ela está construindo, chamando os partidos, prima pela meritocracia". Com isso, o PMDB, na Câmara Municipal, fecha apoio à Rose Modesto.
Sem prefeito
Pela primeira vez em 31 anos, o PMDB não terá candidato para concorrer à prefeitura de Campo Grande. O cenário se consolidou quando o ex-governador André Puccinelli disse que não seria o “salvador da pátria” e assim a legenda decidiu lançar apenas uma chapa pura com cerca de 30 candidatos a vereador. É o fim de um ciclo de poder na cidade.
O PMDB iniciou o ano com sete pré-candidatos, mas nenhum acabou levando adiante a candidatura. O deputado federal Carlos Marun afirmou que não saiu candidato devido às demandas no Governo de Michel temer. A senadora Simone Tebet alegou que não seria candidata porque ainda estava se ambientando com o Senado.
Márcio Fernandes foi para o PMDB com a intenção de ser candidato, mas também abriu mão. Cotado como candidato, o senador Waldemir Moka afirmou que não quer concorrer. O partido também cogitou o nome da ex-secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tania Garib, e do ex-diretor do Detran, Antônio Carlos Santo Pereira, que também não foram viabilizados.