Resta apenas a assinatura de Jair Bolsonaro (PSL) para que o projeto que modifica a Lei Antridrogas seja posto em prática no Brasil. A partir da canetada do presidente – Senado aprovou o projeto ontem, 15 –, por exemplo, o dependente químico pode ser internado de maneira involuntária, contra sua vontade.
A ideia aprovada se arrastava desde 2013, quase seis anos. Senadores de Mato Grosso do Sul votaram favoráveis à proposta.
De acordo com a proposta, a partir de agora, a pena mínima pelo tráfico de droga sobe de cinco para oito anos. Também foi definido que, antes mesmo da denúncia contra o réu, a Justiça pode determinar a venda de veículos, embarcações, aeronaves, máquinas, ferramentas, instrumentos e objetos de qualquer natureza empregados no tráfico de drogas.
Hoje em dia isso só é possível depois de o denunciado ser sentenciado pelo crime, deliberação que demora por anos.
O projeto permite ainda que as comunidades terapêuticas atuem no tratamento dos dependentes.
Ainda na questão da pena contra o tráfico, a lei diminui de um sexto a dois terços quando o acusado não for reincidente e não integrar organização criminosa, ou se as circunstâncias e a quantidade de droga apreendida demonstrarem o menor potencial lesivo.
Essa norma, contudo, depende do magistrado que examinará as situações de maneira individual.