O empreiteiro João Amorim, dono da construtora Proteco, com sede em Campo Grande e Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, ex-chefe da Agesul, setor do governo de Mato Grosso do Sul, que cuida de obras, devem ser soltos ainda nesta terça-feira (28). A dupla foi presa no dia 9 de maio do ano passado por suposta participação em esquema de corrupção durante o período que MS era governado por André Puccinelli (MDB), entre os anos de 2005 a 2014.
Ano passado, o ex-governador e o filho André Júnior, também foram detidos, mas soltos cinco meses depois. Do grupo implicado no caso de corrução, agora, resta apenas dois na cadeia: o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto e o cunhado dele Flávio Scrocchio.
Ainda de acordo com a decisão do TRF-3, outra que fica livre da prisão domiciliar é filha de Beto Mariano, a médica Mariane Mariano. A filha de encarcerado tinha sido beneficiada por ter filho pequeno.
O esquema de corrupção na gestão de Puccinelli tem sido derrubado desde julho de 2015, ano que a Polícia Federal deflagrou a Lama Asfáltica, operação tocada junto a CGU (Controladoria Geral da União) e Receita Federal.
Num cálculo ainda presumido, de acordo com a PF, o bando teria desviado ao menos meio bilhão de reais dos cofres do Estado de MS. A organização criminosa, ainda segundo a PF, fraudava licitação, lavava dinheiro e corrompia servidores.
Detalhes da soltura de Mariano e Amorim, que cumprem prisão em Campo Grande, contudo, ainda não foram divulgados pela Justiça Federal. A defesa de Edson Giroto e Flávio também ingressaram com apelação pela liberdade, mas a corte federal, ao menos até esta manhã ainda não tinha se manifestado. Giroto, que também exerceu mandato de deputado federal, é o único do grupo já sentenciado: ano passado ele foi condenado há quase dez anos de prisão.
Amorim e Mariano esperam que o TRF-3 avise a Justiça Federal, em Campo Grande, que o mandado de liberdade foi concedido.