O governador de São Paulo, João Dória (PSDB) classificou de ‘’deplorável’’ a atitude de deputados do partido a favor do voto impresso, na noite desta terça-feira (11). Um desses votos foi de Rose Modesto, por Mato Grosso do Sul.
Apesar de ter maioria simples de 229 votos, a PEC defendida por Bolsonaro foi arquivada, pois eram necessários 308 votos. Dória se mostrou indignado, já que o PSDB orientou a bancada a votar ‘’não’’ ao voto impresso, mas 14 deputados votaram ‘’sim’’. Outra sul-mato-grossense do PSDB, a deputada Bia Cavassa, votou a favor de Bolsonaro.
“Considero deplorável, seja quem for, de qualquer partido nesta iniciativa do voto impresso”, desabafou o governador paulista.
Na visão do governador tucano, não há dúvidas que a urna eletrônica é segura.
“O voto eletrônico na urna tem demonstrado a sua eficiência, sua capacidade de não ser violado. O próprio PSDB fez uma ampla auditagem em 2014, com uma equipe de auditores americanos e brasileiros, e não constatou nada. A urna é inviolável”, disse.
João Doria aproveitou para criticar duramente o presidente Jair Bolsonaro, que encampou a proposta desde que assumi o governo, em 2019.
“Não há razão para mudar, principalmente porque a índole que motivou o governo federal e do presidente Jair Bolsonaro a tentar mudar não foi de índole de proteger o voto, foi de foi de colocar em dúvida o processo democrático”, atacou o paulista.
Outros dois deputados de MS votaram pelo voto impresso: Tio Trutis e Luiz Ovando, do PSL.
Já os deputados, Fábio Trad, do PSD; Vander Loubet, do PT; Beto Pereira, do PSDB e Dagoberto Nogueira, do PDT, votaram contra.