A comunidade indígena também participa das manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, na tarde desta terça-feira, 7 de setembro, com concentração na Praça Ary Coelho, região central de Campo Grande.
Representando o povo Terena, Bryan Soares, da aldeia urbana Marçal de Souza, destacou a luta contra o marco temporal, em discussão no STF (Supremo Tribunal Federal).
Se a medida for adotada, os povos originários só terão direito à demarcação das terras que estivessem comprovadamente sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
“Estamos aqui representando a população brasileira indígena, que nesse momento necessita que seus direitos sejam cumpridos. Não ao marco temporal e sim à demarcação das terras indígenas”, diz.
Bryan Soares, da aldeia urbana Marçal de Souza - Foto: Silas Lima
“As terras indígenas são muito importantes para nós, que somos aqui de Campo Grande e também estamos representando nossos patrícios que estão nas nossas bases”, finaliza Bryan.
Manifestação
O Grito dos Excluídos, tradicional de 7 de setembro, Dia da Independência, é animado por grupos de percussão e terá panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro.
O ato sempre foi político, mas ganhou um tom mais personalista neste ano, com o fim dos desfiles e ameaças de golpe bolsonarista.
A manifestação, que teve início às 15h, começa na Praça Ary Coelho e deve percorrer as ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho e Pedro Celestino.