Em entrevista no Papo Reto do TopMídiaNews, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse que, no momento, está trabalhando para organizar o União Brasil, e não arrisca dizer qual cargo disputa nas eleições 2022, apesar de ser cotado a pré-candidato pela presidência da República. O ex-ministro afirmou que é apto a disputar desde uma candidatura regional e se posicionar no cenário nacional.
Porém, ele nega que tenha mudado de domicílio eleitoral e projeção para disputar cargo pelo Rio de Janeiro, como foi ventilado na semana passada.
"Essa [notícia] do Rio de Janeiro foi a mais fantasiosa. O meu domicílio eleitoral é Campo Grande. Sou nascido aqui em Campo Grande e daqui não saio. Já me mudaram para Goiás, para Bahia e eu fui nesses estados para ajudar. Mas, essa loucura de mudar de domicílio eleitoral e disputar cargo em outro estado eu não faço. Não vou concorrer nenhum cargo pelo Rio de Janeiro."
Mandetta não arrisca e confirmar a disputa contra o presidente Jair Bolsonaro pelo novo partido.
"No cenário da política nacional surgem as pesquisas e meu nome está lá. Se for uma coisa para construir e para ter lógica, ok. Mas, se for uma coisa fragmentada, com quatro, cinco ou seis candidatos, o resultado vai ser Lula ou Bolsonaro. Então, não podemos ficar nessa fragmentação."
Para Mandetta, a fusão do PSL com o DEM gerou incertezas no cenário regional e pediu tranquilidade dos afiliados. "O momento do União é formatar as regionais. Estou participando das questões nacionais e em Mato Grosso do Sul estou pedindo calma dos filiados. Não tem motivos para ficarem bravos."
O democrata afirma que o União Brasil é um dos primeiros partido a fundir, mas que outras siglas devem trilhar o mesmo caminho. "Muitos partidos que se dizem clássicos, e não fizeram legendas, vão ter que fazer a fusão para não acabar. Haverá a exigência de que os partidos sejam grandes."
Mandetta disse que política não se faz com ameaças ao ser questionado sobre a posição política da ministra da agricultura, Tereza Cristina, que ameaçou sair do partido e levar lideranças com ela, caso não tenha espaço desejado e comando da sigla. "A gente tem que dialogar com todos. Vou tentar dialogar com a regional. Queremos construir um bom partido e com boas lideranças."
O ex-ministro não afirma realmente qual cargo quer disputar. Por enquanto, indica que pode disputar a deputado, senado, presidente. Ou seja, não revela intenção para 2022.
"Não fecho nenhuma porta. Quero um cenário bom para Mato Grosso do Sul. Em 2018, não disputei nada. Mas paa 2022, se precisar disputar um cargo no nível regional, ou nacinal ou até mesmo fazer campanha para um candidato que eu confie, eu vou fazer. Hoje eu sou um cidadão. No momento tenho que organizar e harmonizar. Com a fusão do partidos tenho de fazer isso."
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