O pedido de liberdade - HC (Habeas Corpus) - do ex-governador André Puccinelli (MDB) será analisado pelo ministro Humberto Martins. Assim que foi protocolado, ele foi distribuído para a ministra Maria Thereza de Assis Moura, da 6ª Turma do STJ (Supremo Tribunal de Justiça), por ser relatora dos processos da Lama Asfáltica. No entanto, o documento foi redistribuído meia hora depois e acabou nas mãos de Martins.
Pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Puccinelli está preso juntamente com o filho, André Júnior, e o advogado João Paulo Calves, desde sexta-feira (20). Eles são suspeitos de lavagem de dinheiro e recebimento de propinas através do Instituto Ícone.
No início da semana, os advogados André Borges e Renê Siufi, que defendem os réus, já haviam apelado à corte federal, em São Paulo, pela liberdade dos três. Eles incluíram na petição ter achado “estranho” Puccinelli ter sido preso às vésperas da convenção partidária, evento que oficializaria a candidatura do ex-governador.
No entanto, o desembargador federal Maurício Kato, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região - SP), negou a liberdade alegando indícios de continuidade dos crimes de lavagem de dinheiro.