O secretário de Estado de Administração, Carlos Alberto Assis, rebateu as críticas do MPE (Ministério Público Estadual), que instaurou nesta semana inquérito para apurar eventual irregularidade no contrato entre o Governo do Estado e a Fapems (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e a Cultura de Mato Grosso do Sul), para a realização do concurso público para delegados, investigadores e escrivão de polícia judiciária. O certame foi promovido ano passado.
Assis disse que o governo levou em consideração a “qualidade” do serviço, não “o preço” para contratar a Fapems. “Escolhemos a empresa com maior experiência. Do contrário, pelo preço, corríamos o risco de ter o concurso questionado como ocorreu em outros estados, como Goiás e São Paulo”, justificou o secretário.
O inquérito será conduzido pelo promotor Humberto Lapa Ferri, titular da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande. Detalhes da denúncia e da investigação foram postos em sigilo, por determinação do promotor.
Concurso
Considerado o maior concurso da história de Mato Grosso do Sul, o concurso da Polícia Civil recebeu 38.262 inscrições e ofereceu 210 vagas, sendo 100 vagas para o cargo de Investigador de Polícia Judiciária, 80 para o cargo de escrivão de Polícia Judiciária e 30 vagas para delegado de polícia.
Para o cargo de delegado foram inscritos 9.760 candidatos. Desses, 8.675 concorrentes efetivaram o pagamento da inscrição e 1.085 candidatos foram bonificados com a isenção da taxa. Quinhentos e sessenta e três candidatos se declararam negros, 13 indígenas e 118 portadores de necessidades especiais.
Já no cargo de Agente de Polícia Judiciária, 28.502 candidatos se inscreveram, sendo 12.033 para Escrivão e 16.469 para o cargo de investigador de Polícia. Desse total, 22.961 candidatos efetivaram o pagamento da inscrição e 5.541 tiveram a solicitação de isenção da taxa de inscrição deferida. Um total de 1.851 candidatos se declararam negros, 215 portadores de Necessidade Especiais e 85 indígenas.