Apesar das críticas à votação da reforma da previdência, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) alega que, quanto mais lenta a votação, mais complicada fica a situação do Estado, que não tem garantias para pagar o 13º salário dos aposentados e pensionistas.
Azambuja afirma que o projeto da previdência não retira direitos dos trabalhadores. “Essa é uma discussão que eu entendo ser necessária, se não achasse, não teria encaminhado. Agora a decisão é da Assembleia, votaram em primeira e agora entra em segunda votação. Precisa ser votado, quanto mais demorar, mais dificuldades teremos. Hoje o Estado não tem garantias para pagar o décimo dos aposentados e pensionistas. Estão querendo politizar. Esse projeto não tira direito de ninguém, preserva o direito de quem já está aposentado inclusive”.
De acordo com o governador, as medidas passam a valer para quem começa a trabalhar a partir de agora como servidor público, com reajuste de 11 para 14%, com fracionamento até 2020 para quem ganha menos do teto. Para o governador, muitas pessoas querem viver apenas de privilégios, penalizando assim, a sociedade.
“Hoje tem muita gente querendo conviver com privilégio e penalizar a sociedade. O governo do Estado tem hoje 27 mil servidores, gasta com isso R$ 1,1 bilhão. Daqui a cinco anos, se não houver mudanças, salta para R$ 2 bilhões e quem vai pagar isso? A sociedade. Meu objetivo é equilibrar as finanças”, afirma o governador.
Reinaldo diz que já discutiu o projeto com os servidores e mandou um recado aos manifestantes. “Esse projeto já foi discutido com eles, que não querem entendimento. É uma atitude necessária. Se eles não recebessem salário, ou cesta básica não estariam na assembleia fazendo isso”.