Em reunião na tarde desta terça-feira (20) o futuro ministro da Saúde, no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), criticou o programa Mais Médicos e afirmou que "improvisações em saúde costumam terminar mal", além do risco que já era esperado.
Conforme o deputado, a saída dos profissionais cubanos do país era um "risco" alertado desde o inicio, por se tratar de um convênio terceirizando uma mão de obra essencial. Na sua primeira aparição como ministro, ele alegou que o programa parece mais um "convênio entre Cuba e o PT do que entre Cuba e o Brasil". "Não houve tratativa bilateral e, sim, uma ruptura unilateral", defendeu. "Era um risco que a gente já alertava no início. As improvisações em saúde costumam terminar mal, e essa não foi diferente das outras", completou.
Ele destacou que pretender se reunir com o atual ministro para debater e analisar os impactos da saída dos Cubanos “Uma das primeiras ações é fazer a reunião com o ministro (Gilberto) Occhi e com a equipe do atual governo para vermos quais são os impactos que as sugestão deles podem trazer e se temos outras a acrescentar", declarou.
Sobre o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos), Mandetta diz que ainda precisa ser discutido como será feita a verificação da capacidade dos profissionais de atender as pessoas. "Todas essas questões a gente vai ter que reunir tanto com o governo atual, porque são eles que estão fazendo as redações, como também com aquelas autarquias federais, como é que elas vêm à possibilidade de se fazer avaliação em serviços” finalizou.
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou em várias entrevistas que uma das exigências aos médicos cubanos é a necessidade de revalidação dos profissionais.