As obras de infraestrutura são extremamente importantes para o Estado, pois geram emprego e trazem melhorias em diversos setores, por isso os postulantes a governadores revelaram sobre seus planos para Mato Grosso do Sul.
Em mais uma etapa da série de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado, a pergunta foi: "as obras públicas também são essenciais a uma administração. Pelo MS, quais serão as obras 'carros-chefes' da gestão? O que planeja priorizar a curto, médio e longo prazo?"
Os candidatos indicaram diversos programas que visam desde o término de obras inacabadas de outras gestões, a execução de novos projetos.
Além disso, indicaram que os municípios devem ser ouvidos para auxílio nas principais demandas, seja pontes, estradas ou obras de acesso.
Investimentos nas estradas e no escoamento da produção também foi citado. E investimentos em logística como implantação efetiva das ferrovias e hidrovias.
O saneamento básico nos 79 municípios foi citado como prioridade pelo candidato Capitão Contar (PRTB). Enquanto que o candidato Marquinhos Trad (PSD) indicou que priorizará a construção de casas populares.
Veja a resposta de cada candidato na íntegra:
Rose Modesto - União Brasil
Nosso governo tem um conceito principal, que é fazer funcionar o que já existe e não está funcionando direito, não está sendo plenamente efetivo. Essa é a primeira coisa a se fazer. Temos também que concluir tudo o que ainda não foi concluído e colocar para operar.
Nossa prioridade é colocar a máquina do Estado, que tem seu poder e muda a vida das pessoas, realmente para funcionar. Queremos cuidar das pessoas e para isso precisamos colocar tudo em ordem e aproveitar ao máximo o que aí está.
Isso não significa que não temos novos projetos. Há sim, mas eles só vão ser executados após a estrutura atual ser colocada em ordem. Pense só, Mato Grosso do Sul deve virar um grande entroncamento logístico com a Rota Bioceânica e existe conosco sim um plano de infraestrutura de macrologística, que inclui a integração de modais.
Mato Grosso do Sul não pode ser pensado de maneira separada, ele precisa ser todo integrado. Ferrovias que conversam com rodovias, que por sua vez vão ambas conversar com hidrovias e até aerovias. O tráfego aqui vai aumentar sobremaneira e temos que pensar no transporte de produtos como o grande nicho dos próximos anos para que nossa economia não fique encavalada e o Estado se torne uma meta rota mesmo, ao invés de um hub.
Adonis Marcos - federação Psol/Rede
O grande papel do estado sempre foi o de fazer obras. Porém, entendemos que as obras devem beneficiar o máximo de pessoas possíveis e para isso é preciso ouvir a população e priorizar as suas necessidades.
Se naquele município, ainda que a estrada seja municipal, a necessidade é uma ponte, vamos fazer a ponte. Se é construir casas, vamos priorizar a habitação.
Não queremos desperdiçar dinheiro público com obras que não tenham efetividade, além disso, queremos mudar a máxima de que “em MS a gente sabe quando a obra começa, mas, não quando e se ela termina”. Em nossa gestão, as obras serão feitas com planejamento e respeito aos recursos públicos.
André Puccinelli - MDB
Fazer investimento em obras públicas será uma das prioridades. São obras que criam empregos, promovem o desenvolvimento regional, estimulam a produção agropecuária e movimentam a economia como um todo. Nesse sentido, melhorar a logística do nosso estado é fundamental. Temos que aproveitar melhor os vários modais: o rodoviário, o ferroviário, o hidroviário. Iniciativas importantes são: recuperação de ferrovias, dragagem do Rio Paraguai etc. Temos ainda o modal aeroportuário.
Temos que trabalhar para ter em Campo Grande o aeroporto internacional de cargas. Para finalizar, quando tivermos inaugurado a Rota Bioceânica, teremos uma saída para os portos asiáticos a partir do Pacífico.
Marquinhos Trad - PSD
Nossa prioridade será sempre as pessoas e as obras serão realizadas de acordo com a necessidade da nossa gente. Andamos por todo o Estado e enxergamos as dificuldades que as pessoas enfrentam, seja na falta de moradia ou de uma saúde adequada. Nossa prioridade será a entrega de casas para vencer este déficit de quase 90 mil moradias e a implantação de um modelo de governança que atenda às necessidades regionais, fortalecendo as cidades polo com infraestrutura e tecnologia para uma saúde de qualidade.
Todas as obras serão realizadas pensando na necessidade de cada região do Estado, ouvindo os prefeitos, vereadores e a população de um modo geral, que é quem mais sofre pela ausência do Estado ou aplicação de recurso em obras desnecessárias.
Capitão Contar - PRTB
Na área de infraestrutura do meu governo, a promoção do investimento em saneamento básico será uma das prioridades e tem um componente a mais que justifica uma atenção especial para o setor: a saúde pública.
Com água potável e rede de coleta e tratamento de esgoto há uma sensível melhora na qualidade da saúde das pessoas, além da preservação dos nossos mananciais. Os nossos sistemas de transporte hidroviário, ferroviário, rodoviário e ferroviário terão uma atenção especial para facilitar as atividades econômicas, reduzindo custos e melhorando a integração entre os municípios. Para isso, vamos buscar parcerias público-privadas. Adotaremos uma política de implantação de energia renovável para colocar o estado do Mato Grosso do Sul no patamar de um território com autossuficiência energética sustentável.
Pretendemos apoiar os municípios no cumprimento da meta de universalização do saneamento básico, promover investimentos e incentivos para a energia renovável nos setores público e privado, promover o desenvolvimento de todos os modais de transporte do Estado para que haja uma maior integração entre os municípios, facilitando o acesso a todas as cidades.
Nesse sentido, também pretendemos apoiar os municípios em projetos de infraestrutura urbana e rural, inclusive em melhorias de estradas vicinais. A criação de um programa permanente de monitoramento da capacidade de pontes, possibilitando sua reavaliação e reestruturação é outra proposta que iremos colocar em prática.
Eduardo Riedel (PSDB)
Para mim este é um dos temas mais relevantes, pois é transversal. A infraestrutura é uma ferramenta de modernidade, de políticas públicas em educação, saúde, saneamento, transporte, logística e turismo – e a conclusão do Bioparque Pantanal foi consequência desta visão.
Nós investimos quase 6,5 bilhões em infraestrutura desde 2015. Foram obras em todos os municípios, com ênfase em rodovias, pavimentação, pontes de concreto, saneamento básico, cuja cobertura saltou de 36% para 57% e que chegará à universalização.
Vamos investir ainda mais nas estradas e no escoamento da produção. Tenho orgulho de ter viabilizado a primeira concessão de rodovias em MS, na 306. Agora a União vai delegar ao estado a 152 e a 112, dando continuidade ao processo de atração de capital privado para investir em nossa infraestrutura. Fizemos mais de 1100 km de rodovias pavimentadas, que é extremamente importante para a competitividade do nosso agronegócio, e vamos ampliar a melhora da malha rodoviária.
Outro ponto importante é a retomada da modalidade fluvial pelo rio Paraguai, com uma concessão privada a portos que já vai exportar 2 milhões de toneladas de grãos. Além disso, mudamos a estrutura de energia no Estado. A infovia, o investimento em aeroportos, a chegada da Rota Bioceânica, tudo isso faz parte da nossa estratégia de crescimento e desenvolvimento para o Estado.
O candidato do PCO, Magno Souza, e a candidata Giselle Marques (PT) não enviaram as respostas.