O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quinta-feira (22) que os eleitores votem em favor da democracia e contra Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno, em 2 de outubro. Apesar disso, ele não declarou voto em Lula. As informações são do Metrópoles.
“Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional”, diz o comunicado de FHC.
Conforme o colunista Guilherme Amado, o ex-presidente é o maior símbolo da velha guarda do PSDB, que indicou a vice para a candidatura da emedebista Simone Tebet.
FHC e Lula foram adversários históricos na década de 1990, quando o tucano ganhou duas eleições presidenciais contra o petista. Eles estiveram juntos, no entanto, no movimento das Diretas Já e na eleição em que Lula perdeu para Fernando Collor, em 1989.
Os ex-presidentes se reaproximaram no ano passado, quando se encontraram para discutir soluções políticas para o país. Em 2018, FHC optou por ficar neutro no segundo turno entre o petista Fernando Haddad e Bolsonaro.
Lula havia conquistado no início desta semana o apoio do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, identificado com o liberalismo econômico. Outros adversários políticos também declararam voto no petista, como foi o caso do jurista Miguel Reale Jr, um dos autores do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.