Com custo mensal estimado em R$ 80 mil, a farmácia do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), recentemente fechada e fruto de muita polêmica, não será reaberta.
Segundo o diretor-presidente do instituto, Lauro Davi (PROS), o benefício será substituído por descontos em grandes redes da Capital. ''A farmácia não estava prevista em regimento. Não tínhamos condições nenhuma de fornecer medicamentos para os conveniados'', alega.
O dirigente diz que a farmácia vendia ''fiado e ia no instituto receber''. ''Nossa arrecadação não permite bancar remédios'', reclama Davi. O valor mensal era entre R$ 70 e R$ 80 mil, avalia o diretor, mais do que se paga por muitos serviços médicos em clínicas conveniadas.
Davi justifica que o benefício poderia trazer prejuízos aos servidores. ''O instituto não pode tirar dinheiro da saúde e pagar remédios''.
No entanto, a diretoria do instituto diz que já está firmando convênio com grandes redes de drogarias na cidade e que elas vão oferecer ‘descontos muito bons’ para os servidores.
O fechamento da farmácia gerou polêmica e reclamação por parte de vereadores da Capital. Um deles, Valdir Gomes (PP), chegou a criticar a medida nas redes sociais.
O IMPCG ainda está na mira dos vereadores do Ministério Público, que investiga um suposto rombo de R$ 100 milhões no sistema. Uma CPI na Câmara Municipal vai tentar esclarecer os motivos do déficit.