O deputado federal Fábio Trad (PSD), na audiência pública extraordinária, realizada na tarde desta quarta-feira (3), na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara Federal, fez algumas reflexões acerca da aprovação da reforma da Previdência, principal e quase único assunto debatido no Congresso Nacional, nas duas últimas semanas.
Ele direcionou suas questões ao ministro Paulo Guedes (Economia), sabatinado pelos parlamentares titulares do colegiado.
O governo de Jair de Bolsonaro, disse Fábio Trad, precisa, sim, esforçar-se pela aprovação da reforma, contudo, o governo deve empenhar-se, também, em recuperar o crédito de empresas devedoras, combater a corrupção no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e apontar o tempo e a razão que a Previdência nacional padece de resultados deficitários.
O deputado sul-mato-grossense questionou ainda o ministro quanto ao que chamou de regras de transição. “E o professor que precisa de três anos para se aposentar, com a proposta da reforma terá de esperar por mais 16 anos?”, interpelou o parlamentar, que estendeu sua questão aos militares estaduais.
“A reforma da Previdência é “necessária juridicamente, culturalmente e socialmente”, afirmou Fábio Trad, acrescentando que a reforma é meio de capacitar o país para a expansão.
O projeto da reforma se encontra da CCJ, que examina a legalidade da proposta. Passado essa fase, ela segue para o Plenário. Se aprovada, vai para o Senado. O governo Bolsonaro, numa aposta otimista, espera que a reforma seja posta em prática até o meio do ano.
Durante a audiência pública - ainda em andamento - houve bate-boca entre os parlamentares e, por em algumas vezes, o presidente da CCJ, o deputado federal Felipe Francischini (PL-PR) ameaçou a acabar a sessão. Até por volta das 19h50 (horário de Brasília) seguia a audiência, que havia começado no início da tarde, sem horário certo para acabar.