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Política

02/08/2021 11:48

Ex-presidentes do TSE e atual cúpula divulgam nota em defesa do modelo de eleições do Brasil

Presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu colocar em dúvida as urnas eletrônicas e vem falando sobre fraude

Ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 1988 divulgaram, nesta segunda-feira (2), uma nota em defesa do modelo de eleições no Brasil.

A manifestação ocorre após diversas declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre fraude nas eleições de 2014 e 2018. Segundo o presidente, as urnas eletrônicas não são confiáveis. 

A nota também é assinada pelo atual presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, e pelo vice, Edson Fachin.

Na nota, os ministros ressaltam que a volta da contagem manual seria um regresso a um cenário de "fraudes generalizadas".

"A contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil", afirma um trecho do texto.

A nota lembra ainda que a urna eletrônica é usada nas eleições desde 1996 e nunca houve fraude.

"Jamais se documentou qualquer episódio de fraude nas eleições. Nesse período, o TSE já foi presidido por 15 ministros do Supremo Tribunal Federal. Ao longo dos seus 25 anos de existência, a urna eletrônica passou por sucessivos processos de modernização e aprimoramento, contando com diversas camadas de segurança", dizem os ministros.

Os ex-presidentes do TSE e a atual cúpula da Corte ressaltaram que o voto eletrônico é, sim, auditável, ao contrário do que prega Bolsonaro a seus aliados.

"As urnas eletrônicas são auditáveis em todas as etapas do processo, antes, durante e depois das eleições. Todos os passos, da elaboração do programa à divulgação dos resultados, podem ser acompanhados pelos partidos políticos, Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícia Federal, universidades e outros que são especialmente convidados. É importante observar, ainda, que as urnas eletrônicas não entram em rede e não são passíveis de acesso remoto, por não estarem conectadas à internet."

As informações foram divulgadas no G1. 


 

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