A intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, que exigiu a troca no comando da petroleira diante da alta no preço dos combustíveis, provocou forte turbulência no mercado financeiro e acabou respingando nas demais estatais.
A adoção de medidas populistas, conhecida no governo Lula e Dilma, fizeram as ações das três principais estatais do país (Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras) perderem R$ 113,2 bilhões em dois dias.
Segundo divulgado, só na Petrobras a queda foi de R$ 99,6 bilhões.
As ações da empresa, que já tinham caído quase 8% na sexta-feira (19), despencaram 20,48% (ON) ontem e podem manter o desempenho negativo nos próximos dias.
Pelo menos seis casas rebaixaram a recomendação para as ações e reduziram o preço-alvo da companhia para os próximos 12 meses. No Banco do Brasil, o valor de mercado recuou R$ 12,6 bilhões em dois dias e, na Eletrobras, quase R$ 900 milhões.
Na opinião de especialistas, o discurso de Bolsonaro nos últimos dias fez lembrar as medidas de intervenção adotadas pela ex-presidente Dilma Rousseff no setor elétrico em 2013 e que provocaram prejuízos bilionários para as empresas e toda a sociedade. Pior: jogou por terra mais uma promessa feita durante a campanha eleitoral.