A tensão entre os parlamentares do PMDB aumentou após a criação da CPI (Comissão Parlamentar) da Enersul. Marquinhos Trad (PMDB) acusa os colegas de articularem para reduzir a força da investigação.
Segundo ele, o líder da bancada, Eduardo Rocha (PMDB), teria pedido apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para evitar que ele assumisse a presidência da comissão.
"Deputados amigos me relataram que quando saí da reunião disseram que 'o Marquinhos está tendo um comportamento em plenário diferente do da base. A taxa do Detran que o senhor pediu para ser a favor, ele é contra'. Isso não é comportamento de base", relatou Trad.
O conflito foi levado para o plenário quando Marquinhos insinuou que só conseguirá participar da CPI por determinação do regimento. Rocha rebateu dizendo que convocou uma reunião para definir o suplente do partido e que o PMDB possui interesse em levar as investigações a fundo. "Assim parece que um quer e os outros não", argumentou.
A disputa pela presidência da comissão ainda deve movimentar os bastidores. Além de Marquinhos, Paulo Corrêa já declarou que vai concorrer o posto. "Teremos reunião do bloco hoje às 16h, não só quero ser indicado, mas vou competir para ser presidente porque já fui na outra (CPI)", disse.
Os demais partidos também devem se reunir hoje para definir os membros e os suplentes. Pelo PMDB, a bancada caminha para indicar Renato Câmara.