O ex-secretário de obras Edson Giroto não deve sair tão cedo da cadeia quanto seu companheiro de cela, o ex-governador André Puccinelli (MBD), preso durante o final de semana. Em visita a seu cliente no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Campo Grande, o advogado Valeriano Fontoura diz que suas expectativas estão para o mês de agosto.
Isso porque, como o caso de Giroto já está na corte máxima, no Supremo Tribunal Federal, não é mais pauta de urgência. O mesmo pedido de habeas corpus se estenderia aos empresários João Amorim e Flávio Scrocchio, ao ex-prefeito de Paranaíba, Beto Mariano, e a Ana Paula Amorim, Rachel Giroto, e Mariane Mariano, as três em prisão domiciliar.
“Não há nenhuma novidade, nesse momento aguardamos a decisão, que está pautada para agosto devido ao recesso de julho”, diz, afirmando que a visita seria apenas para mais uma conversa normal entre advogado e cliente.
Na mesma cela de número 17, onde ficam Giroto e Amorim, está Puccinelli desde sexta-feira (20). Contudo, o emedebista pode ser solto ainda nesta segunda (23), já que seu pedido de habeas corpus já foi distribuído para a turma do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), anteriormente responsável pela soltura dos colegas de detenção.
Prisões
A operação da Polícia Federal investigou esquema de corrupção na gestão do governo de André Puccinelli (MDB). Neste período, Giroto era quem comandava a secretaria estadual de Obras e João Amorim o empreiteiro que mais vencia as licitações por obras, principalmente pavimentação de estradas.
Lavagem de dinheiro, superfaturamento de obras e fraudes em licitações, estão entre os delitos supostamente praticados pelo grupo. Puccinelli, para a PF, seria o chefe do esquema.